O governo federal deve estimar que o ajuste do salário mínimo para 2022 fique em R$ 1.170, o que será a maior alta nos últimos seis anos, tendo em vista o reajuste de 7% conforme o acumulo da inflação. O valor, no entanto, deverá ser revisado para cima até o final do ano, pois a equipe econômica do governo utilizou parâmetros de inflação defasados para realizar a correção do piso nacional deste ano, que fechou em R$ 1.100.

É importante lembrar que a nova previsão de aumento não significa um aumento real, isso porque o reajuste ocorre apenas para ser possível acompanhar a inflação, equivalendo o poder de compra. Confira os últimos reajustes concedidos pelo governo para definir o salário mínimo:

2016 — Reajuste de 11,6% ajustando o salário mínimo para R$ 880;

2017 — Reajuste de 6,48% ajustando o salário mínimo para R$ 937;

2018 — Reajuste de 1,81% ajustando o salário mínimo para R$ 954;

2019 — Reajuste de 4,61% ajustando o salário mínimo para R$ 998;

2020 — Reajuste de 4,7% ajustando o salário mínimo para R$ 1.045;

2021 — Reajuste de 5,22% ajustando o salário mínimo para R$ 1.100.

Reajuste impactará os benefícios do INSS

O novo reajuste do salário mínimo impactará diretamente nos benefícios da Previdência Social. Isso porque, cerca de 70% dos benefícios concedidos pelo INSS são de um salário mínimo. Assim se a recente projeção se mantiver a maior parte dos aposentados, pensionistas e demais beneficiários da previdência devem receber R$ 1.170 no ano que vem.

Essa situação ocorre, pois, o salário mínimo define o piso de benefícios do INSS. Logo, os aposentados que recebem um salário mínimo terão um reajuste de cerca de 7% em 2022.

Atualmente o valor do piso nacional está fixado em R$ 1.100, onde a definição do reajuste do salário mínimo parte do governo através de análises de caixa bem como pelo aumento da inflação no país. Assim o salário mínimo é definitivamente definido no início de cada ano, através de uma Medida Provisória que passa por votação e aprovação do Congresso Nacional.

Benefícios com valor superior ao salário mínimo

No caso das aposentadorias e demais benefícios com valor superior ao piso nacional, a regra de reajuste é diferente, isso porque o reajuste ocorre por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No caso do INPC, o mesmo está com uma alta de 6,4%

Normalmente, o salário mínimo, consequentemente o piso do INSS possuem reajuste ligeiramente maior que o INPC, mas vale lembrar que o caso inverso também ocorre. Além disso, pelo INPC também é definido o reajuste do teto máximo do INSS, que atualmente é de R$6.433,57.

 

Uma resposta

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