O segundo ano de pandemia tem sido tão desafiador quanto o primeiro para a economia e o ambiente de negócios no país. Ainda assim, pelo menos 40 novos brasileiros registraram uma conquista e tanto: seu primeiro bilhão de reais. Os incentivos financeiros ao redor do mundo para fazer frente à crise aqueceram o mercado de capitais. Apenas no primeiro trimestre de 2021, foram realizados 27 IPOs e 13 follow-ons na B3. Esse contexto favoreceu diretamente o crescimento do clube dos superricos.

A lista de bilionários brasileiros da Forbes de 2021 traz 315 nomes. Os ingressantes possuem idade, fortuna e atuação em setores diversos. Entre os destaques está Marcelo Rodolfo Hahn, o mais rico entre os novatos. Aos 52 anos, seu patrimônio é estimado em R$ 7,54 bilhões, fruto da participação na Blau Farmacêutica, companhia que estreou na Bolsa em abril deste ano e figura entre as principais farmacêuticas da América Latina.

Outro recém-chegado é Israel Fernandes Salmen, que também viu a valorização do seu patrimônio após a listagem de ações da sua empresa, a companhia de cashback Méliuz. Aos 33 anos, ele ocupa a 297ª posição na nova lista de bilionários ao lado do sócio e CEO da companhia, Ofli Campos Guimarães. Cada um deles possui fortuna estimada de R$ 1,15 bilhão.

O ano movimentado para os IPOs garantiu ao Brasil a quinta maior capitalização de mercado do mundo: aproximadamente R$ 5,5 trilhões, distribuídos em 388 companhias. Considerando o desmembramento de famílias e os novatos, o ranking da Forbes deste ano traz 77 nomes a mais do que em 2020. Juntos, os bilionários brasileiros acumulam patrimônio de R$ 1,9 trilhão em 2021.

O ranking deste ano também está mais diverso, já que os 40 novos bilionários vêm de 34 empresas diferentes. Só a Metalúrgica Schulz, companhia de Joinville (SC), adicionou três novatos ao seleto grupo: Gert Heinz Schulzr (74 anos), Waldir Carlos Schulzr (70 anos) e Ovandi Rosenstock (79 anos).

A lista de bilionários brasileiros segue os critérios da Forbes norte-americana, tendo a participação em empresas listadas em bolsas de valores como principal fonte de informação. A data de corte da apuração do patrimônio foi o fechamento do primeiro semestre de 2021, ou seja, 30 de junho.

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