O Pix é uma ferramenta de pagamento imediato, elaborada pelo Banco Central. Está junto com TED, DOC e cartões para pessoas e empresas fazerem transferência ou receberem pagamentos. Ele possibilita que cidadãos e empresas façam transações em menos de 10 segundos, utilizando um aplicativo de celular.

Recentemente um novo tipo de golpe do Pix tem como alvo os micro e pequenos empreendedores. Com o crescimento do uso do método de pagamento imediato, os golpistas se adequaram à novidade. Agora os criminosos abrem contas PJ em vários bancos com os nomes de grandes marcas colocados de forma errada intencionalmente e enganam sobre transferências para deter empresários descuidados.

Como esse novo golpe foi descoberto?

A AllowMe, empresa especialista em proteção digital, percebeu, através de sua divisão de inteligência de plataforma, que os golpistas estão se aprimorando quando o assunto são fraudes com o Pix. Estão na mira desses criminosos os micro e pequenos empreendedores. O golpe é chamado de “Golpe do falso fornecedor”.

Quando esse golpe começou a chamar a atenção?

De acordo com a AllowMe, o “Golpe do falso fornecedor” se tornou mais comum nas últimas semanas. Os empresários de pequeno porte são os mais atingidos e os rombos para cada tentativa eficaz podem variar entre R$10 e R$10 mil

Como o novo golpe funciona?

Ele só acontece a partir da engenharia social, conta com um erro da pessoa no pagamento de prestadores de serviços. Os criminosos abrem PJ em bancos digitais com nomes de empresas que não existem. Esses nomes são semelhantes aos nomes de empresas que existem, mas intencionalmente erram uma letra ou um número.

Depois que a conta é aberta, os golpistas entram em contato com a potencial vítima. Eles fingem que são fornecedores de uma empresa conhecida, informam que houve alteração nos procedimentos de pagamento usando o Pix e solicitam uma nova transferência para a confirmação.

Como os criminosos têm acesso às listas de fornecedores das empresas?

Eles podem conseguir essas listas de muitas formas, através de vazamentos de dados na internet, de alguém que tem algum vínculo com a empresa ou acessando o site da empresa e observando o selo no rodapé da página.

Quando o esse novo golpe tem mais chances de ser bem-sucedido?

Segundo Raquel Aquino, analista de segurança da informação do AllowMe, essa fraude tem mais chances de dar certo quando é praticada sobre empresas que não possuem processos de pagamento exigentes.

Quais são as dicas para não cair em golpes assim?

A seguir listamos algumas dicas para que dores de cabeça desse tipo sejam evitadas:

Verifique os dados do recebedor ao pagar um boleto ou fazer o Pix;

Não compartilhe senhas por mensagens, e-mails ou SMS;

Não confie em contatos desconhecidos;

Entre em contato com o fornecedor em números/e-mails seguros e usados normalmente;

Mesmo se a quantia solicitada for igual as valores das fatura pagas anteriormente, consulte o encarregado por administrar aquele contrato;

Desconfie de insistência por parte do solicitante;

Atente-se: o PIX não necessita de transações de ativação;

Fornecedores nunca informam mudança de dados bancários/recebimento por telefone, sem formalização;

Não informe dados pessoais e comerciais;

Não confirme dados sigilosos entre a empresa e fornecedor;

Não faça transações sem a formalização por canais seguros.

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